Muitas meninas e mulheres indianas são diariamente vítimas de ataques com ácido em seu país. As sobreviventes, além de lidar as cicatrizes no rosto, convivem para sempre com o preconceito da sociedade e as sequelas psicológicas - muitas acabam cometendo o suicídio.
Essa face do machismo na Índia e outros países com Camboja, o Paquistão, o Nepal e o Bangladesh reflete a falta de vontade com a qual os governos locais têm tratado o assunto - principalmente por tratarem-se de sociedades conservadoras onde o papel da mulher vem evoluindo.
Reshma Quresh, ativista e modelo.
Mesmo diante desse cenário desolador, muitas pessoas - inclusive mulheres vítimas desse crime - vem unindo forças para lutar contra essa realidade, como a Acid Survivors Trust, e ajudar as mulheres a se reinserirem na sociedade.
Porém, a notícia que chamou a atenção essa semana foi o desfile de Reshma Qureshi na Semana de Moda de Nova York. Ela é sobrevivente de um ataque de ácido que entrou em depressão e chegou a cogitar o suicídio (como muitas outras vítimas, infelizmente).
A participação de Reshma aconteceu no desfile da designer indiana Archana Kochhar e tem uma importância gigantesca ao abrir a discussão acerca dessa violência e, ao mesmo tempo, encorajar outras mulheres sobreviventes aos ataques e ajudá-las a ver a vida sob outra perspectiva.
por KARINE BORTOLI
Reshma Qureshi - a sobrevivente de ataque de ácido desfila na NYFW
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